A promoção do bem estar e do aumento de qualidade de vida se dá através da aplicação destas técnicas pelo Terapeuta Holístico, junto aos clientes. Cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade.
TERAPIA DE MEMÓRIAS DE VIDAS PASSADAS
A saúde depende do fluxo livre e constante de energia, e qualquer bloqueio mais prolongado poderá provocar distúrbios que atravessam os níveis mental e emocional, até se solidificarem no corpo físico.
As leis que regem a harmonia da vida vêm demonstrando que cada doença que desenvolvemos surge como sinal de alerta para algum desequilíbrio em nossa mente. O nosso espírito conhece as metas estabelecidas para a sua evolução, mas muitas vezes a personalidade, pressionada pela vontade dos outros ou da cultura onde se vive, prefere deixar de lado a vontade que vem do seu interior, seguindo um caminho que a distancia de si mesma.
O estudo do processo de desenvolvimento das doenças deve ter como meta principal o resgate do bem-estar. A cura pode ser entendida como o restabelecimento do equilíbrio da unidade perdida pela dissociação entre a consciência e a personalidade. Quando esta última se nega a ouvir os sinais emitidos pela mente, os aspectos negativos da personalidade emergem, dando lugar para que a doença se instale.
A pesquisa do médico americano Richard Gerber sobre medicina vibratória dá destaque à predisposição para a doença como resultado dos desequilíbrios emocionais concernentes à natureza do amor, ou seja, do fluxo energético que chamamos de Amor. Suas conclusões vão ao encontro dos princípios básicos da espiritualidade presentes tanto na filosofia em que se baseia a doutrina espírita quanto na dos orientais.
“Precisamos eliminar nossos resíduos biológicos, mas também remover o lixo emocional. Se não conseguirmos perdoar os outros pelos seus erros e se continuamos a viver alimentando velhos antagonismos, ódio, culpas e ferimentos psíquicos não resolvidos, a negatividade irá se acumular a ponto de nos corroer como as ações causadas pelas infiltrações de resíduos tóxicos. As doenças acabarão se manifestando se permitirmos que a negatividade emocional bloqueie constantemente o fluxo de nossas energias superiores.”
Ao concluir, com muita sabedoria, ele afirma que precisamos aprender a expressar adequadamente nossas emoções negativas, para que não se acumulem, pois ao impedir que o amor penetre dentro de nosso próprio ser estamos apenas ferindo a nós mesmos.
A compreensão dos mistérios que envolvem o binômio saúde/doença ajuda a desvendar a relação entre a dimensão física e a espiritual. Desde a Antiguidade que o ser humano busca o contato com dimensões extrafísicas, tentando entender um pouco mais sobre matéria e energia, e a realidade do espirito já constituía material de estudo nas escolas iniciáticas.
Na Grécia Antiga, Aristóteles denominava de “corpo sutil” o mediador entre o corpo físico e o espírito. A parapsicologia fala de corpo psicofísico. A medicina espiritual chama de perispírito e o descreve como um dos elementos de constituição do ser humano, responsável por importante papel nos fenômenos psicológicos, fisiológicos e patológicos.
Como as vivências estão gravadas no perispírito, mesmo após a morte física, a doença e o desequilíbrio moral nele impressos sobrevivem, alimentados pelos pensamentos que os geraram. Isso explicaria, por exemplo, o surgimento de doenças cármicas, que são a transferência para o presente do resultado daquilo que criamos e construímos em vidas passadas e que se reflete no nosso corpo físico.
Mas até onde a medicina espiritual pode curar realmente? A cura pode ocorrer independente da vontade do paciente? A experiência mostra que não. A determinação em abrir mão da doença, de mudar o coração e a mente para uma nova maneira de viver, transformando os padrões de comportamento, é regra básica no processo de cura.
Vários pesquisadores têm demonstrado que a energia do pensamento interage com a matéria, inclusive a distância; ou, em outras palavras, que a intenção de “curar” altera a química do corpo de forma ainda desconhecida.
O predomínio da mente sobre a matéria pode ser constatado na prática, e as sessões para curas espirituais são uma prova do que estamos falando. Embora ainda cercada de preconceitos e acusações de misticismo, já se tornou corriqueira em vários cantos do mundo a realização de curas espirituais para muitas doenças.
Para compreender o presente e construir um futuro melhor, devemos conhecer um pouco de nosso passado. A terapia de memórias de vidas passadas opera fora dos limites espaço-tempo, confirmando o que a milenar filosofia taoista já sustentava, e hoje em dia é reafirmado pela física contemporânea: o tempo é uma ilusão e, portanto, não existe. Assim, só podemos medi-lo em função direta do espaço, o que significa que devem ser considerados uma só coisa.
O tempo seria uma ilusão criada por nós, convencionada como sendo realidade e indispensável para administrarmos a dimensão material e sua transitoriedade.
A terapia de memórias de vidas passadas ajuda a mudar a forma de perceber o mundo. Para atingir um estado alterado de consciência, o relaxamento pode ser superficial ou profundo, o que não significa dissociação ou inconsciência, mas a ampliação das percepções pela concentração mental, direcionando as energias num mesmo sentido, para o mergulho no inconsciente.
Para isso o paciente precisa participar conscientemente, embora seja comum algumas pessoas desejarem um estado de transe hipnótico que lhes tire os problemas sem que estejam presentes ao processo. Isso não existe, nenhum processo evolutivo ocorre por estados de inconsciência, exigindo, sim, total participação da consciência.
O acesso às camadas do inconsciente pode ocorrer em diversos níveis, por vivências desta existência que encontram no inconsciente experiências semelhantes em outras vidas, e que, reativadas, voltam a ser experimentadas com toda a carga de emoção passada.
Os níveis e mais ou menos profundos da consciência podem ser acessados, dependendo de cada pessoa individualmente, algumas tem maior facilidade de acessar níveis mais profundos, outras já dependem de um tempo maior para dissolver os bloqueios que o ego constrói.
Por isso as seções de terapia não dependem unicamente da vontade do paciente ou do terapeuta, mas do transcorrer de cada momento e até que ponto se pretende chegar com a identificação dos registros de momentos significativos, sejam eles relacionados com o nascimento, com a morte, processos obsessivos, experiências de vida em outras encarnações, conflitos, heranças de personalidades, traumas e demais elementos e vínculos de memórias passadas.
O objetivo sempre deve residir em que, de forma séria, competente e ética, os efeitos da terapia alcancem as profundas reações inconscientes do paciente, e assim permitam que estas sejam trabalhadas e lapidadas para que sejam superadas.
Referência bibliográfica: Terapias de Vidas Passadas. Resende, Célia. -1ª edição – Rio de Janeiro: Viva livros, 2012.
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