Nova Consciência

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ENTRE UM CICLO E OUTRO

  • Todo ser humano possui dentro de si uma lei irrevogável: a busca eterna. Fomos feitos para buscar quem somos. Se o que estamos vivendo não nos oferece a certeza de que estamos nos encontrando um pouco mais, a vida vai se tornando monótona, triste e pode converter-se em sofrimento. 

     

             Manter-se em estado de alerta consciente destrói a ligação entre o sofrimento e o mecanismo do pensamento e aciona o processo de transformação. É como se o sofrimento se tornasse o combustível para a chama da consciência, resultando em um brilho de mais intensidade.

     

         Esse é o significado esotérico da antiga arte da alquimia: a transformação do metal não-precioso em ouro, do sofrimento em consciência. A separação interior cicatriza e você se torna inteiro outra vez. Cabe a você, então, não criar um sofrimento adicional.

     

             Existem ciclos de sucesso, como quando as coisas acontecem e dão certo, e ciclos de fracasso, quando elas não vão bem e se desintegram. Você tem de permitir que elas terminem, dando espaço para que coisas novas aconteçam.

     

    Se nos apegamos às situações e oferecemos uma resistência nesse estágio, significa que estamos nos recusando a acompanhar o fluxo da vida e que vamos sofrer. É necessário que algumas coisas acabem para outras iniciarem. Um novo ciclo não pode existir plenamente sem o outro encerrar.

     

           O ciclo descendente é absolutamente essencial para uma realização espiritual. Você tem falhado gravemente de algum modo, ou passado por alguma perda profunda, ou por algum sofrimento, para ser conduzido à dimensão espiritual, ou talvez ainda, o seu sucesso tenha se tornado vazio e sem sentido e se transformado em fracasso.

     

           O fracasso está sempre embutido no sucesso, assim como o sucesso está sempre encoberto pelo fracasso. No mundo da forma, todas as pessoas “fracassam” mais cedo ou mais tarde, e toda conquista acaba em derrota. Todas as formas são impermanentes.

     

           Um ciclo pode durar algumas horas à alguns anos, e dentro dele pode haver ciclos longos e curtos. Muitas doenças são provocadas pela luta contra os ciclos de baixa energia, que são fundamentais para uma renovação. Enquanto estivermos identificados com a mente, não poderemos evitar a compulsão de fazer coisas e tendência para extrair o nosso valor pessoal de fatores externos, tais como as conquistas que alcançamos.

     

           É comum culparmos os outros por nossos insucessos ou má sorte, sem reconhecer nossa parte. Quando nos recusamos a honrar os sinais de aviso geram os padrões de auto sabotagem, são por não estar realmente presente e ignorar nossa sabedoria interior.

     

          A negação pode surgir em qualquer estágio da iniciação. Somos constantemente testados pela vida e cairemos em algumas armadilhas se não prestarmos atenção. À medida que vamos progredindo em nosso caminho, vai ficando mais fácil reconhecer os padrões de auto sabotagem e falta de discernimento. A forma como lidamos com os testes depende de nossa capacidade de reconhecer o perigo e usar o discernimento e sabedoria, ganhos com a experiência. Aperfeiçoar a percepção até o nível necessário para se manter livre de sabotagem e das segundas intenções dos outros é uma tarefa monumental.

     

          Nada dura muito nessa dimensão, onde as traças e a ferrugem devoram tudo. Tudo acaba ou se transforma: a mesma condição que era boa no passado de repente se torna ruim. A mesma condição que fez você feliz agora o faz infeliz. A prosperidade de hoje se torna o consumismo vazio de amanhã. O casamento feliz e a lua-de-mel se transformam no divórcio ou em uma convivência infeliz.

     

           A mente não consegue aceitar quando uma situação à qual ela tenha se apegado muda ou desaparece. Ela vai resistir à mudança. É quase como se um membro estivesse sendo arrancado do seu corpo.

     

         Não oferecer resistência à vida é estar em estado de graça, de descanso e de luz. Nesse estado, nada depende de as coisas serem boas ou ruins.

     

          Um dia você pode se surpreender sorrindo para a voz que ecoa dentro da sua cabeça, como sorria para as travessuras de uma criança. Isso significa que você não está mais levando tão a sério o que vai pela mente, pois o seu Eu interior não depende dela.

     

           É quase paradoxal, mas, quando não existe dependência interior quanto a forma, as circunstâncias gerais da sua vida, as formas externas, tendem a melhorar consideravelmente. As coisas, as pessoas ou os elementos que você desejava para a sua felicidade vêm agora até você sem qualquer esforço, e você está livre para apreciá-las enquanto durarem.

     

           Todas essas coisas naturalmente vão acabar. Os ciclos vão e vem, mas com o desaparecimento da dependência não há mais medo de perda e a vida flui com facilidade.

     

          A felicidade que provém de alguma coisa secundária nunca é muito profunda. É apenas um pálido reflexo da alegria do Ser, da paz vibrante que encontramos dentro de nós ao entrarmos no estado de não-resistência. O Ser nos transporta para além das polaridades opostas da mente e nos liberta da dependência da forma. Mesmo que tudo em volta desabe e fique em pedaços, você ainda sentirá uma profunda paz interior. Você pode não estar feliz, mas vai estar em paz.

     

     

    Conteúdo extraído do trabalho de conclusão do Curso de Psicologia Transpessoal apresentado à Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ, como requisito para a obtenção do título de Especialista. 

     

    Especialista: Lauro Miechuanski

    Francisco Beltrão – 2011

     

 

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